Dinheiro gerado pelo petróleo permite erguer obras que tornam a cidade dos Emirados Árabes em uma espécie de Meca das construções arrojadas
Dubai, a principal cidade dos Emirados Árabes, possui quase 2,3 milhões de habitantes e, anualmente, recebe cerca de 4,7 milhões de turistas. Entre os visitantes, pelo menos metade é formada por profissionais e estudantes de arquitetura e engenharia de todo o mundo. Isso faz da metrópole do Oriente Médio uma espécie de Meca do turismo arquitetônico. A ponto de ter tirado Barcelona do posto de primeiro lugar neste segmento.
Graças aos recursos obtidos com a venda de petróleo, Dubai é um permanente canteiro de obras, e sempre envolvida por projetos superlativos: o prédio mais alto do mundo, o maior shopping center, a maior ponte em arcos, além de outras construções que estão em andamento. Estima-se que o estado permanente de obras mantenha-se inalterado em Dubai pelo menos até 2021, quando os Emirados Árabes Unidos completarão 50 anos. Antes, em 2020, o país receberá a Expo 2020, cujo tema principal será mobilidade e sustentabilidade.
Por isso, o atual fluxo de construções em Dubai concentra-se em empreendimentos urbanos, como pontes, túneis, viadutos e a extensão das linhas de metrô e VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). Dentro deste conceito, a mais recente obra inaugurada foi a Sheikh Zayed Bridge, entre Dubai e Abu Dhabi. Mas já há outra maior em andamento: a SheikhRashid bin Saeed Bridge, com 12 pistas de cada lado e uma linha de metrô no meio. A capacidade da estrutura comportará 20 mil veículos por hora.
Maior do mundo e mais visitado
São os edifícios de Dubai que mais atraem turistas sedentos por arquiteturas arrojadas. A começar pelo Burj Khalifa, o mais alto do mundo. Desde a sua inauguração, em 4 de janeiro de 2010, o empreendimento tem contabilizado perto de 3,5 milhões de visitas por ano. Esse número considera só os que acessam os elevadores do prédio de 828 metros e com 163 andares. Outra obra intensamente visitada na principal cidade dos Emirados Árabes é o Burj Al Arab. O edifício abriga um hotel de luxo em seus 321 metros de altura, mas também é aberto à visitação. Por ano, mais de dois milhões de pessoas passam pela edificação, cuja arquitetura se assemelha a um barco com as velas içadas.
Porém, nenhum empreendimento é tão frequentado em Dubai quanto o The Dubai Mall. O maior shopping center do mundo tem 1.200 lojas e, entre visitantes de outros países e moradores locais, recebe mais de 5 milhões de pessoas por ano. Os números são do governo dos Emirados Árabes, para quem o turismo gera receitas superiores a US$ 10 bilhões anualmente – cerca de R$ 26 bilhões. Dos quais, mais de 1/3 destes recursos vem do turismo arquitetônico de Dubai. Para se ter ideia do volume que isso representa, basta comparar com o que a Copa do Mundo proporcionou de renda ao turismo brasileiro em junho de 2014: US$ 797 milhões (R$ 2,07 bilhões).
Com a Expo 2020, Dubai espera chegar aos 25 milhões de visitantes por ano. Até lá, mais obras continuarão a atrair turistas de todo o mundo. E haja concreto para tantos empreendimentos. A estimativa atual é de que 5 milhões de m³ já foram empregados em canteiros de obras na cidade. Com os empreendimentos cujos projetos já estão em andamento ou por começar, esse volume pode passar de 8 milhões de m³.
fonte: http://www.cimentoitambe.com.br/dubai-lucra-com-turismo-arquitetonico/
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